No ano de 1957, as primeiras moradias de Borracha começou por essa rua e foi nomeada por “Rua são Sebastião. ” Era pouca as casas, uma aqui e outra “acula.” Pra vista de hoje, cresceu e mudou muito. O apelido, rua do cacete veio através de brigas e pedradas quase toda semana, digamos que toda semana mesmo. As brigas surgiam depois de umas bicadas de cachaça, e o “cacete comia no cento”, isso com moradores e pessoas dos sítios. Na época tinha um cabaré na rua Severino Marques Viana conhecida como “rua do caju.” Nos finais de semana era bêbado a “até umas horas.”
A energia de Borracha era gerada através de um motor a diesel que ficava na antiga delegacia que hoje é o prédio dos correios e só tinha energia quando ligava o motor a partir das cinco da tarde até as nove da noite, três horas de energia apenas quem tomava conta era um funcionário da prefeitura.
O muro da penúltima casa da rua não existia, era uma bola de cana e daí quando o motor da energia era desligado ficava só na luz do candeeiro! E nos dias de “rincha,” uns caras já sabiam a hora que desligava o motor, e ficavam dentro da bola de cana “tocaiando” o pessoal dos sítios: Parnaso, Convales, Beleza e outras Chãs passar e “acunhavam pedras,” os caras desembestava na carreira de mundo abaixo pedra vai e pedra vem.
E de tanto levar pedradas no escuro, a turma dos sítios se combinaram e vinheram armados, cada um com uma cobreia (arma de dois tiros) e esconderam. Beberam, brincaram e ligados na hora ir para casa quando a energia foi desligada eles se combinaram para ir, e ao chegar na bola de cana, foram recebidos com a primeira pedra. Não teve demora, puxaram as armas e “tome bala pra cima.” Os caras saíram de dentro da bola de cana acima de 100km descendo a ladeira da Fazenda Paroz e eles atrás. Moral da história, ninguém foi ferido e nunca mais quiseram brincar com pedras.
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